18.2.10

Os três castelos

Ontem eu suspirei a liberdade
E num sonho eu vi nascer o
Que julgava ser a realidade

No entanto, a vida,
Líquido amargo no começo,
Mas doce na primavera de si mesma,
Me fez ver e enxergar

Porque nem sempre enxergar é ver
Ver, nós vemos com os olhos
Mas enxergar se enxerga com o coração

Às vezes temos sede e pensamos ter fome
Às vezes achamos que tá bom, que tá tudo certo
Mas não está.

Não está porque não nos entregamos,
Não está porque não arriscamos
Achamos que somos feios

Mas basta um espelho, por mais pequenino,
Para ver o brilho de nossos olhos
E enxergar a grandeza e a
Beleza de nosso eu.

Nunca tema se encontrar
Não tema se olhar nos olhos e dizer:
- Eu amo você!

Hoje eu penetrei nos três castelos.
No castelo do silêncio encontrei o fôlego.
No castelo do conhecimento descobri
Que o castelo do sentimento era minha morada.

E por lá permaneci,
Porque vi que o sentimento
É a sede última da verdade.

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