29.3.10

Cálculos rodam...

Estou plenamente envolvido com minhas atividades laboratoriais e outras, não estando com tanta frequencia onde eu queria estar: em casa, com meus discos, meus livros, meus amigos, minha família, editando meu blog, etc. E eu fico me perguntando o porquê de tudo isso. Não sei ao certo o que estou fazendo, nem porque estou fazendo, eu só sei que estou fazendo. É como caminhar por um caminho e não saber o destino. Até que nível isso é saudável? Fico me questionando isso o tempo todo.

Cálculos rodam no laboratório, cálculos rodam no dia a dia, cálculos rodam e pra onde vai o coração? Parece que no fim de tudo, apenas o que se faz é importante, e não o que se sente. Isso é um processo muito complicado em todos os aspectos. As pessoas se distanciam e se matam e cometem erros sobre erros, tudo pra quê? Pra 'se dar bem' no final? Pessoas pisam umas sobre as outras, e ignóbeis e ignorantes sofrem e choram por não saber que o que importa nessa vida é algo que se chama amor.

O que fazer para resolver essa questão tão danosa e perigosa para nós? Lembro-me de um texto que fiz há uns três anos, que falava disso tudo. Existe em mim dois leões, que me sussurram e falam aos ouvidos o que preciso ouvir e o que não preciso também. Um leão é o leão da ação e o outro da indiferença. O leão da indiferença me diz: "- Desista. Esse mundo não tem mais jeito, desiste logo." Enquanto que o leão da ação me diz: "- Eduque, meu filho."

Mas que educação é essa? Será essa educação materialista e egoísta, que forma imbecis repetidores dos velhos valores do mundo, ou será a educação que motiva a mudança social do mundo e a mudança moral dos homens? Hoje eu vi o significado etimológico da palavra educação. Ela significa, a grosso modo, ação de conduzir. E conduzir é a mesma coisa que imbecilizar? Sempre achei que conduzir fosse fornecer meios para que se ande sozinho, sem depender de pessoas ou muletas, nem de pessoas-muletas.

Dessa forma, uma análise mais profunda vê a educação como um ato de amor, que torna as pessoas independentes e interessadas na mudança de si mesmas e do mundo que as cercam.

Como resolver isso tudo? A resposta é simples e bastante discutida: a passos de formiga, com palavras e exemplos. Lembro de uma frase (acho que de Emmanuel) que diz assim: "- As palavras convencem, mas o exemplo arrasta." Então vamos nós fazer nosso trabalho de formiguinha? Vamos!?

E eu tenho certeza absoluta de que tudo vai dar certo! ;D

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